segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Soul



Não me ouves? Vem... segue-me.
Uma brisa sussurro-me que algo está errado em ti (...) segue a minha voz. Segue esta voz nua de preconceito. Vem até mim. Não vês a luz? ... ainda não chegou o fim. Posso dar-te um começo. Irás encontrar a paz em mim, a paz que as tuas lágrimas pedem.
As estrelas avisaram-me do teu estado (...) não consegui evitar. É por ti que chamo. É de mim que precisas. Não dá para evitar. Sou o teu porto de abrigo, e tu quem eu quero proteger. 
O solo sente o teu andar moribundo (...) andas perdida. Vem, eu posso mostrar-te o caminho. Vem até mim, não ignores a luz !
Os teus olhos, vejo medo. Não te lembras de mim? O tempo voa... mas nascemos juntas. Lembra-te! 
O teu coração e o meu batem em simultâneo, não sentes também? Isso, abraça-me, aproveita o calor do meu corpo junto do teu. Esquece tudo por momentos. Nada de problemas. Nada de preocupações. Não penses. Sente. 
Não há dor, estás bem. Agora sim, reconheço o brilho no teu olhar (...) porque estavas tão triste? Não... não precisas de responder. Consegui que visses o outro lado, não olhes para trás outra vez. 
Será que estou a ouvir bem? Será que ouvi um sumido "obrigado" ? Não! Não! Nunca... ou talvez sim... agradece a ti própria por ser quem és. Eu sou tu. Tu és eu (...) sempre que a dor se aproximar, não esqueças de relembrar o meu rosto. O teu rosto. No espelho está reflectido algo de que não tens de te envergonhar. Não te esqueças de ti. 

"Não me tens a mim, tens uma alma... tu és uma alma"